terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aeroportos, o terror de uma viajante solitária.


O Aeroporto é o primeiro desafio, não apenas para uma mulher que viaja sozinha, principalmente para quem vai para fora do País. De repente, você aporta em um lugar completamente estranho, com dificuldade para falar a língua e/ou entender a sinalização, e aí? Se der um princípio de pânico, não se preocupe: é comum. E é por isso que vou lhes dar algumas dicas.

1- Se estiver viajando de férias, para relaxar, e não a negócios, altere a data da viagem, se for necessária uma conexão com menos de três horas de diferença entre o horário da chegada e o da partida seguinte. Talvez você tenha que apanhar a bagagem na esteira, entender a sinalização do aeroporto, passar pela alfândega, dar uma olhadinha no freeshop, coisas que podem consumir algum tempo.

O Aeroporto de Orly, pequeno e fácil de se locomover
 Minha amiga jornalista, Léa Penteado, diz que em Telaviv (Israel) eles pedem que o passageiro chegue com no mínimo três horas de antecedência, tal a minuciosidade na identificação e revista dos passageiros e suas respectivas bagagens, por motivos óbvios. Em Lisboa, se você não é um passageiro da comunidade europeia, provavelmente vai ter que enfrentar uma fila quilométrica na chegada e na saída. Eu nunca fiz conexão em Madri, mas alguns amigos me disseram que o aeroporto é muito complicado, assim como o Charles De Gaule, em Paris. Parece que em Berlim também não é muito fácil. Já em Roma, nunca tive problemas com aquele enorme aeroporto. A sua sinalização nos informa, inclusive, o tempo de duração de uma caminhada até determinado lugar.

2- Ao pisar em um aeroporto, se você está com tempo, em vez de sair correndo atrás dos outros, muita calma nessa hora: situe-se, identifique em qual nível ou plataforma está, olhe o placar com as informações sobre os horários dos voos e, então, comece o seu périplo, arrastando sua bagagem. Se estiver no aeroporto de Lisboa (que ficou enorme, depois da reforma), só peça informação em caso extremo, para não passar raiva. Eles vão dizer para você olhar nos placares ou procurar um guichê de informações (se alguém souber onde fica, por favor, me diga para que eu possa compartilhar).

3- A gente sabe que vários aeroportos, como o JFK, em Nova York, possuem conexão direta com linhas de metrô ou ônibus que lhe deixam em pontos estratégicos da cidade. Mas, se você é marinheiro de primeira viagem, não se arrisque. Já que está gastando, peça na sua agência de viagens um transfer de ida e volta para o Aeroporto. Nada melhor do que sair do portão de desembarque e ver alguém com uma plaquinha com seu nome, te esperando, e que vai lhe deixar direitinho no endereço certo, além de lhe ajudar com a bagagem. Comigo nunca falhou.

4- Por falar em bagagem, não tente utilizar aquele “jeitinho brasileiro” com relação ao peso da bagagem de mão, àquilo que pode ou não ser transportado, produtos proibidos de um país para outro. Eu tenho visto muita gente sendo obrigada a abrir suas malas na frente de todo mundo para acomodar o excesso da bagagem de mão, ou tendo produtos e objetos sendo recolhidos. Mico! Os equipamentos de raio X, hoje em dia, detectam tudo. É bom lembrar que, em caso de viagem ao exterior, você vai ter que passar pela fiscalização sem as botas, chapéus, echarpes, óculos escuros, lenços na cabeça, etc. Antes de se irritar, entenda que tudo isso é para a nossa própria segurança. Existem sapatos que possuem um metal no salto e podem acionar o alarme: não se preocupe, tire-os e passe elegantemente.

5- Finalmente, se possível, evite os aeroportos muito distantes, sobretudo se tiver que sair pela manhã do hotel, ou melhor, de madrugada. No caso de Paris, por exemplo, sempre opte pelo aeroporto de Orly.

6- Já ia me esquecendo: cuidado com essa mania de registrar tudo, postar cada momento de sua viagem. Em determinados lugares, você poderá se envolver em uma encrenca séria ao fotografar aeroportos ou aviões. Com segurança não se brinca, aquele trágico 11 de setembro não será jamais esquecido.