domingo, 19 de agosto de 2012

Um anjo que me protege, um guia que me orienta


Recentemente, fui entrevistada por uma repórter da Editora Saraiva, Carolina Cunha, para uma reportagem sobre guias de viagem. Eu sempre gosto de levar na bagagem algum livro, um bom romance, ambientado nos lugares aonde pretendo passar mais tempo, mas, concordo com os demais entrevistados de que ter um bom guia à mão é fundamental. “Além do espírito aventureiro, a melhor companhia para quem viaja sozinho são os guias de viagens. Neles, o viajante independente que busca desbravar o mundo sempre pode encontrar dicas preciosas e atrações pinceladas por observadores experientes”, explica a jornalista.
Sendo assim, aqui vão algumas dicas recomendadas pelos entrevistados do site da Saraiva, pela própria editora e por mim, sempre lembrando que não tenho nenhum interesse comercial com meu blog. Meu objetivo é apenas o de que possamos fazer, sempre, ótimas viagens.
·         Guias de bolso da Lonely Planet.[1]
·         Guias da editora Laselva.
·         Guias do jornal Folha de São Paulo.
·         Guias Criativos para o Viajante Independente.
·         Próxima Estação, Paris, de Lorànt Deutsch.
·         Sozinha Mundo Afora, de Mari Campos.
·         De Malas Prontas, Danusa Leão.
·         Frommers Europa.
·         Rough Guide Directions.
·         Minha Nova York, Didi Wagner.
Como lembra a jornalista Carolina Cunha, esses guias, em geral, dão dicas sobre hospedagens, restaurantes, meios de transporte, documentos, segurança, história e cultura local. Eu acrescentaria, também, a importância de se levar um dicionário de bolso, caso você não domine o idioma local. E, ainda que no Brasil a opção GPS “caminhar à pé” não seja muito usada, ao contrário da Europa, onde já virou moda, não custa nada você testar essa funcionalidade no seu smartphone. Essa é apenas uma sugestão, pois eu adoro me localizar pelos mapas de viagem impressos.


[1] Segundo a repórter, são os guias preferidos pelos mochileiros “que apostam em destinos sem mordomias e dicas menos convencionais.” Trata-se do guia turístico mais vendido no mundo, oferecendo 500 títulos em várias línguas.



[1] A reportagem pode ser encontrada no site da Editora Saraiva (Conteúdo).

domingo, 12 de agosto de 2012

Não se assuste se o belo for insuportável

Síndrome de Stendhal: é possível que muitas de vocês não saibam do que se trata, mas, é importante que reconheçam seus sintomas, principalmente se estiverem viajando sozinhas, para que não fiquem assustadas.
Eu tive duas crises, na primeira vez que viajei à Itália, em Florença e Milão, ao visitar os imponentes Duomos  (catedrais) de ambas as cidades. Nas duas ocasiões, senti taquicardia, tonteiras, boca seca, enfim, um tremendo mal estar. Cheguei a pensar que estava enfartando. Porém, por incrível que pareça, logo que eu me afastava dos locais, tais sintomas desapareciam. Ao regressar ao Brasil, por coincidência, assisti na televisão ao filme de Dario Argento, “Síndrome de Stendhal” (1996), e, só então, fui entender o que havia acontecido comigo.
De acordo com a Wikipédia,  Síndrome de Stendhal é uma doença psicossomática bastante rara, caracterizada por aceleração do ritmo cardíaco, vertigens, falta de ar e mesmo alucinações, decorrentes do excesso de exposição da pessoa a obras de arte, sobretudo em espaços fechados. O nome da síndrome se deve ao escritor francês Stendhal que, tendo sido acometido dessa perturbação, em 1817, quando visitava Florença, fez a primeira descrição detalhada dos seus sintomas os quais, em alguns casos, se assemelha ao pânico.
O maravilhoso Duomo de Milano
Em 1989, a psiquiatra italiana Graziella Magherini, após catalogar 106 casos de pacientes (todos eles em viagem à Florença pela primeira vez), no serviço de saúde mental do Hospital de Santa Maria Nova (Florença), descreveu e nomeou esta síndrome que acomete aqueles mais sensibilizados pela arte. É o belo insuportável, como descrevem alguns psicanalistas, como Contardo Calligaris, para quem a Síndrome consiste em reagir com emoções “excessivamente” fortes diante das obras de artes e de sua beleza.
Para um dos mais conhecidos profissionais ligados ao campo do esoterismo de Milão, contudo, as pessoas reagem dessa forma quando visitam lugares onde estiveram em vidas passadas. Da minha parte, eu acredito em tudo.